O caule aéreo do bambu é chamado de colmo: aquele que apresenta nós e entrenós bem visíveis e que pode ser oco (bambu) ou cheio [ikésénR = cana-de-açúcar]. Ele é composto de quatro partes: broto terminal, parte da ponta do caule que é responsável pelo crescimento em comprimento; brotos laterais, partes situadas ao longo do caule, de onde se originam as folhas e as flores; nós, de onde surgem os brotos laterais, as folhas e os entrenós, região entre dois nós que se constitui na quarta parte do caule. Da fibra dessa gramínea, fabrica-se um tecido tão bom quanto o algodão e o linho, com a vantagem de não amassar e de ter um brilho parecido com o da seda. Todas essas informações de cunho científico são de extremo valor para o mundo mágico, que trabalha com a Lei da Analogia.
Mito
O bambu segue em direção ao céu e, com a humildade e a sabedoria dos grandes mestres, mostra para onde nossos pensamentos devem dirigir-se. Em seu caminhar, reconhece a necessidade de se inclinar perante forças maiores, como as das tempestades. O bambu é sábio, ele se enverga para não se quebrar. O caule do bambu é oco, possui uma vacuidade que demonstra o quanto é preciso que nos esvaziemos para que fiquemos leves e possamos atingir as alturas. Por ser oco, o caule do bambu precisa dos nós para sua fixação e, assim, ensina aos seres humanos a estarem sempre ligados à realidade. As raízes do bambu são profundas, lembrando que nossos pés devem ficar muito bem plantados no chão. O bambu se apresenta como macho e fêmea, o que faz desta planta símbolo da união conjugal. Unidos, os pés de bambu formam uma bela arcada, símbolo da “vitória sobre a mesquinhez carnal”. O bambu não cria galhos, isto é, não cria problemas que o impeçam de alcançar seus objetivos. “Quebre um galho para mim” é o mesmo que dizer: resolva um problema meu.