Apáòká

Mogno Africano, árvore/oríÿa

apaoka

Cântico

Òkúlê Õsányìn iÿë gbo
Apáòká orìÿa
Õ kú le kö Iÿë gbà gbà
Apáòká aijìna


A terra está improdutiva, Õsanyìn,
cansada envelhecida
Oriÿa Apáòká nos receba e nos proteja,
pois desejamos vida longa, sólida e sem atribulações
Sem tempestades nem castigos, Apáòká


Apáòká é uma árvore africana que por não ter sido trazida para o Brasil na época da escravidão foi substituída no culto aos orìÿa por uma árvore também de grande porte: a jaqueira. Apáòká, mogno africano, chegou ao Brasil nos anos 80 através de Ítalo Cláudio Falesi, um pesquisador da Embrapa. Foi ele quem plantou as primeiras cinco mudas, mas foi o proprietário rural Hiroshi Okajima quem iniciou o primeiro plantio comercial dessa árvore. Norton Amador Costa, ex-pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, estimulou a pesquisa e o desenvolvimento do mogno africano, fazendo com que esta árvore sagrada para o povo que cultua oríÿa se tornasse uma das principais madeiras nobres cultivadas.

Mito

A relação entre Ôdçoríÿa caçador que é chamado, atraído, pelo som dos chifres (oge), e Apáòká faz com que esta árvore/oríÿa seja conhecida também pelo nome yorubá ±gánìwô, palavra que significa guardiã do chifre. Oge é um tipo de chifre que produz um som chamado olugbóhùn, que quer dizer: Senhor, ouça minha voz! A árvore/oríÿa Apáòká tem ainda outra denominação: Ìyámò, mãe do barro, uma referência ao fato de ser ela uma árvore que serve de moradia para as Mães Ancestrais, que têm o barro como um de seus elementos. É comum dizer que Ôdç é filho de Nanã, a dona do barro (amò). Nanã é uma das Ìyámi, uma de nossas Mães Ancestrais. É Ôdç/Erinlè é filho do oríÿa feminino Apáòká.

Dados Científicos

Reino Plantae Divisão Magnoliophyta
Classe Magnoliopsida Ordem Sapindales
Família Meliaceae Gênero Khaya
Espécie Ivorensis Nome Científico Khaya Ivorensis